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  • Marcelo

Tempestade de raios em Júpiter


JUNO desvenda mistério dos raios em Júpiter

Crédito da imagem (concepção artística): NASA/JPL-Caltech/SwRI/JunoCam

Com informações da NASA:

Cientistas da Missão JUNO, sonda espacial que está em órbita de Júpiter, publicaram artigo na Revista Nature no qual descrevem possíveis semelhanças entre as descargas atmosféricas (raios) de Júpiter com as da Terra.

Há quase quarenta anos os cientistas estudam as emissões de rádio dos raios na atmosfera do planeta gigante: Voyager 1, captou sinais de rádio em 1979. Sinais de rádio característicos de emissões de descargas atmosféricas (*) também foram captados pelas sondas Voyager 2, Galileo e Cassini.

Os sinais captados, no entanto, concentravam-se nas frequências mais baixas - na faixa dos milhares de Hertz, ou kHz, apesar das buscas na faixa dos milhões de Hertz, ou MHz. Essa característica diferenciava os sinais dos raios de Júpiter dos da Terra, que aqui alcançam frequências de rádio bem mais altas - até bilhões de Hertz (GHz).

Com a sonda JUNO, que se aproxima muito mais do planeta e possui um instrumento (o Microwave Radiometer Instrument - MWR) especialmente voltado para a captura de larga faixa de frequências, foram registradas até então 377 descargas de raios, que foram captadas também nas faixas de MHz e GHz, como na Terra.

Apesar dessa semelhança, os pesquisadores notaram que os raios em Júpiter se concentram nos polos do planeta e quase não ocorrem no seu equador, enquanto na Terra ocorre exatamente o oposto. A explicação está relacionada ao calor: na Terra o equador é uma região que mais recebe radiação solar, é mais quente, e rica em tempestades com raios. Em Júpiter, o calor das regiões internas do planeta emerge mais facilmente nos polos que no seu equador, que já é relativamente aquecido pela radiação solar.

(*) Exemplo de sinal de rádio de emissões atmosféricas:

(*) Descargas atmosféricas na Terra são estudadas também pelo Inspire Project.

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