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A Astronomia e as mega constelações de satélites


Desde que os satélites artificiais foram lançados, no final dos anos 1950 até o presente, milhares de objetos - de diversos tamanhos, tipos de materiais e altitudes estão na órbita da Terra. Há satélites ativos que exercem um papel crucial para a sociedade moderna, para telecomunicações, GPS, pesquisa etc. Também há dispositivos desligados que já são considerados lixo espacial. Atualmente, várias empresas como a OneWeb e SpaceX (que já lançou mais de 180 satélites) têm planos de lançarem mega constelações de satélites (com milhares de satélites em órbitas baixas) para prover acesso à Internet em alta velocidade e com baixa latência. É comum vermos pontos brilhantes se deslocando no céu, momentos antes da aurora ou logo após o ocaso. São os satélites de baixa órbita refletindo a luz solar. Outros artefatos como a Estação Espacial Internacional podem ser vistos como pontos de luz muito brilhantes. Nesta palestra, realizada durante o 235th Meeting of the American Astronomical Society (235º Encontro da Sociedade Astronômica Americana - em tradução livre), em Honolulu, vários astrônomos e outros profissionais da pesquisa espacial, ponderam sobre como a Astronomia será afetada pelas mega constelações, cujos rastros luminosos nas fotos representam um desafio na pesquisa de objetos distantes. Para que o desenvolvimento das telecomunicações não prejudique a pesquisa realizada pelos grandes e sensíveis telescópios óticos é preciso haver colaboração entre a indústria de satélites artificiais e as instituições de pesquisa. Uma das palestras também aborda como a Radioastronomia será afetada na "nova era da radiocomunicação via Satélite", apresentada pelo radioastrônomo Harvey Liszt, do NRAO (National Radio Astronomy Observatory). Ele destaca que, apesar de o espectro de radiofrequências ser fortemente regulado em diversos países, e de alguns deles estabelecerem regiões de baixa interferência (quiet zones), onde as antenas dos radiotelescópios podem ser instaladas e sofrerão menos interferências, artefatos em órbita que emitem sinais de rádio com alta potência e com filtragem deficiente podem interferir ou até mesmo danificar - no caso dos pulsos de radares - os sensíveis receptores.


Crédito do vídeo: AAS Press Office.


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